#Piratas do Caribe

#Piratas do Caribe

quarta-feira, 31 de março de 2010

A MATÉRIA LOGO ABAIXO FOI CÓPIADA DE UM SITE PORTUGUÊS ONDE OS DONOS DE LOCADORAS CHAMADAS "CLUBES DE VÍDEOS" PROTESTAM CONTRA OS PREÇOS PRATICADOS PELOS FORNECEDORES, PARECE QUE A MEGA-INDÚSTRIA DE VÍDEO E FONOGRÁFICOS VAI PERDER ESTA BRIGA!

GREVE AO SELO AZUL
COMUNICADO AO MERCADO

A ACAPOR está plenamente ciente das dificuldades com que os clubes de vídeo se deparam nos dias que correm. Um aumento exponencial das formas de entretenimento — desde centenas de canais televisivos disponíveis, passando por canais temáticos de cinema a preços simbólicos, milhares de jogos online ou ainda um crescimento da utilização das diversas redes sociais na internet, sem esquecer a hipótese dos consumidores poderem agora alugar filmes sem sair de casa — concorrem connosco na conquista do parco tempo de ócio disponível dos clientes.
E claro temos sempre às nossas costas o pesado fardo da pirataria que continua a assombrar arruinar o nosso negócio sem que haja qualquer autoridade — política ou judicial — que se aperceba da gravidade da situação apesar do nosso esforço na sensibilização das mesmas para o problema.

Perante este quadro, é preciso reagir. O cenário actual significa, de facto, que o produto que comercializamos e distribuímos não vale, objectivamente num puro ratio matemático, o mesmo que valia há 5 ou 6 anos atrás. Se há anos atrás era expectável que um DVD pudesse ser alugado 30/40 vezes, hoje em dia esse valor é muito inferior. Ora, isto significa que o produto não vale o mesmo. Desvalorizou.

Mas as distribuidoras nacionais reflectiram essa desvalorização do produto? Não. Os preços continuam, na maioria dos casos, tão altos como eram antes da alteração da realidade actual. Porém, no mercado de venda directa, onde o consumidor compra apenas se quiser e não está obrigado a adquirir o produto porque não depende dele, aí os preços já reflectiram a desvalorização e o preço médio de cópia vendida caiu a pique, sobretudo se contabilizarmos os DVDs oferecidos, e de baixo custo, nos jornais.

A ACAPOR procurou junto dos editores arranjar soluções que pudessem contribuir para alterar o actual rumo dos acontecimentos e, simultaneamente, repor a verdade no preço médio de cópia dos filmes. Mas foi mais além. Quis, porque clubes de vídeo e distribuidores devem ser parceiros e não apenas fornecedores/clientes, proteger as distribuidoras apresentando um plano de revitalização do aluguer que garanta a facturação dos próprios editores, garantia essa com valores acima dos do último semestre de 2009.

Com a nossa proposta conseguiríamos colocar o triplo das cópias disponíveis nos clubes de vídeo e muitos mais títulos — obras que poucos adquirem, passariam a estar disponíveis porque teriam condições para ser rentabilizadas. Às distribuidoras ser-lhes-iam dadas garantias de facturação com valores que, no actual cenário, nunca serão alcançados. Teríamos ainda fundos para promoção do aluguer, fundamental neste momento, e a hipótese de implementarmos novas formas de comercialização. Perante a abundância de cópias os clubes de vídeo poderiam assim utilizar preços mais baixos, ou ainda acabar com as mal fadadas “multas” — enfim, a imaginação do empresário seria o limite.

No entanto, à excepção da “MPA” representante dos catálogos da “Universal” e da “Valentim de Carvalho”, os outros nossos parceiros estão demasiadamente presos ao conceito de vender filmes para o aluguer a um preço claramente acima do seu valor. Aparentemente não querem mudar. Perante a nossa proposta vieram críticas destrutivas e nenhuma solução. Alguns até a ignoraram como se não merecêssemos sequer resposta (ponto de situação de cada editor na noticia anterior "Reacções à proposta "3Ps" lançada pela ACAPOR".

Fomos claros no sentido que a nossa proposta era um ponto de partida. Queríamos discutir, trocar ideias, encontrar soluções. Pretendíamos um empenho global, um espírito de equipa entre aqueles que partilham o mesmo negócio embora em pontos distintos da cadeia.
Infelizmente ainda não encontrámos nada disso.
Um vazio de ideias e um silêncio de opinião foi tudo o que descobrimos. Queremos adaptar-nos às novas realidades, aos novos hábitos de consumo mas a posição imutável das editoras não nos permite evoluir. Recusam-se certificar a óbvia conclusão de que hoje um DVD de aluguer não pode nunca custar 35 ou 40 euros.

Por isso:

Protestemos! Por um espírito construtivo.
Protestemos! Por uma alteração de política.
Protestemos! Por uma identificação entre os preços praticados e o seu real valor.
Protestemos! Por uma pró-actividade na busca de soluções.
Protestemos! Pelo respeito ao aluguer.

Assim, a Direcção da ACAPOR propõe a todos os clubes de vídeo que, neste mês de Abril, não comprem filmes com selo azul, à excepção daqueles que são vendidos a um preço equiparado ao da venda directa. Ou seja, até ao momento, a excepção abrangerá apenas os catálogos da Universal e Valentim de Carvalho, distribuídos pela MPA.

Quando for visitado pelo vendedor, agradeça mas não compre nada. Em Abril, não compramos! Estamos em “Greve Ao Selo Azul”.

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